O Ministério Público do Maranhão realizou, na última quinta-feira (dia 2), das 9 às 12h, nos pólos da Universidade Virtual do Maranhão (Univima) a videoconferência “Participação Política dos Adolescentes: o papel dos jovens na escolha dos dirigentes municipais”. A conferência foi gerada em São Luís e transmitida, simultaneamente, para os municípios de Açailândia, Barra do Corda, Imperatriz, Codó, Caxias, Santa Inês, Pedreiras, Pinheiro, Brejo e Porto Franco.
O debate, por intermédio da plataforma virtual, permitiu a discussão das práticas de participação política de adolescentes e jovens. A coordenadora do escritório do Unicef para os estados do Maranhão e Piauí, Eliana Almeida, foi uma das debatedoras. Os jovens Emílson Costa Ribeiro e Jonathan Rocha também participaram como debatedores. A videoconferência foi mediada pelo jornalista Marcelo Amorim, da equipe do Centro de Apoio Operacional da Infância e Juventude (CAOp/IJ). Durante o evento, participantes dos municípios de Codó e Brejo fizeram intervenções.
Na avaliação do adolescente Emílson Costa Ribeiro, 17, a discussão acerca da política ainda é primária em nosso país. “A avaliação deste momento é positiva, especialmente por abranger todo o estado e uma nova forma de contato, prática”. “Vincular a imagem do jovem à campanha política é uma estratégia comum. O jovem deve ficar atento nesse processo”, pondera.
Para Jonathan Rocha, 23, as campanhas enfatizam o “votar”, mas o processo é contínuo. “Exercer o controle social sobre nossos representantes e participar do processo eleitoral não se restringe ao momento do voto. Isso pressupõe um acompanhamento anterior e posterior”. Para ele, diferente de outros momentos, a juventude diversificou a forma de participar, tentando intervir de forma mais qualificada na política brasileira. “O jovem precisa estar preparado para fazer parte do debate, não apenas assistir como expectador”, avalia.
Questionada pela professora do Instituto Maná, de Codó, Maria do Socorro Carvalho, sobre os procedimentos para ajudar o jovem a participar efetivamente do processo eleitoral, especialmente dos que não entendem o sentido da eleição, a representante do Unicef defendeu a realização de um trabalho contínuo de esclarecimento com os jovens. “Orientar, esclarecer, explicar o processo eleitoral, o papel do vereador, do prefeito, do eleitor são exemplos de estratégias a serem utilizadas.”
Segundo Eliana Almeida, a videoconferência contribui para ampliar o debate sobre o processo de participação política do jovem. “Esse processo não se limita ao dia da eleição”. De acordo com ela, o trabalho de esclarecimento junto aos jovens é longo e deve ser suscitado nas escolas e em diversos espaços.
Confira o calendário das próximas videoconferências:
9 de outubro, quinta-feira – “Os 18 Anos do Estatuto da Criança e do Adolescente: avanços e desafios”.
Local: pólos e núcleos da Univima
25 de novembro, terça-feira – “60 Anos da Declaração Universal dos Direitos Humanos e os Direitos Infanto-Juvenis”.
Local: pólos e núcleos da Univima