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Centro Cultural do MPMA exibe filme maranhense para alunos de escola estadual

Publicado em 30/03/2023 18:19 - Última atualização em 30/03/2023 18:19

Estudantes durante exibição de filme em projeto

O Ministério Público do Maranhão, por meio do Projeto Cine ESMP/MA da Escola Superior, realizou na manhã desta quinta-feira, 30, a exibição do filme “Trançatlânticas”, no Centro Cultural do MPMA, para alunos do Centro de Ensino Pedro Alvares Cabral.

Realizado pela produtora audiovisual e cultural maranhense “Explana Mermã”, o curta-metragem foi contemplado com incentivo do edital da Fundação Roberto Marinho em parceria com o Canal Futura, cujo foco foi a realização de 30 documentários que tratassem de temas envolventes com uma abordagem inusitada, principalmente, feitos por jovens advindos de situações de vulnerabilidade econômica e social.

O filme aborda a questão do trancismo em São Luís a partir da história de cinco mulheres pretas de diversas comunidades e busca retratar o ato de trançar os cabelos como herança de uma história de resistência, resiliência e ancestralidade para a população negra. Ao final da exibição, os alunos tiveram a oportunidade de tirar dúvidas e fazer apontamentos sobre o trabalho.

Louyse Sousa, de 22 anos, é produtora executiva do filme, produtora cultural e audiovisual e atua na Explana Mermã, também, professora de História em formação na Universidade Federal do Maranhão, falou sobre o processo de produção do filme e os resultados que o coletivo deseja colher. “O intuito é mostrar como essa tecnologia, que tem uma herança africana, foi ressignificada no Brasil e hoje significa empoderamento econômico para toda a comunidade negra, em especial às mulheres”.

Promotora Letícia Freire destacou importância da temática

Jorge Serejo, professor do curso de Direito da UNDB e pesquisador da Sociedade Maranhense de Direitos Humanos (SMDH), abordou o “Afrofuturismo e Transição”, fazendo uma breve exposição do Estatuto da Igualdade Racial e relatando a história como processo de compreensão da evolução da identidade ao longo dos anos. “O que eu vi nesse filme foi passado e futuro, que tem a ver com a perspectiva de transição de um momento para outro, mas essencialmente de uma perspectiva de que no futuro possamos pensar que as formas de sociabilidade e condicionamento da pessoa negra não seja apenas pela sobrevivência”, observou.

A promotora de Justiça Letícia Freire, que integra o Centro de Apoio Operacional de Enfrentamento à Violência de Gênero (CAO-Mulher), destacou a importância de trazer essas temáticas em rodas de conversa. “Assistir a esse documentário foi muito enriquecedor, parar para refletir o quanto a trança empodera, trabalha a beleza e a autoestima, que é algo muito mais profundo. Saber que hoje existem esses movimentos de resistência que conseguem fazer uma produção dessa nos fortalece enquanto pessoa”, ressaltou.

Membros, servidores e participantes do projeto

Na ocasião, estiveram presentes também a promotora de justiça Elyjeane Alves, da ESMP; a administradora do Centro Cultural, Dulce Serra; e analista ministerial e curador do Centro Cultural, Francisco Colombo.

Redação: Laura Damasceno (CCOM-MPMA)