O Ministério Público do Maranhão lançou na manhã desta quinta, 8, o Projeto Florescer e o Grupo Reflexivo de Mulheres no auditório das Promotorias de Justiça de Imperatriz. A iniciativa conta com a parceria do Centro de Referência e Atendimento à Mulher (CRAM) e da Casa da Mulher Maranhense de Imperatriz.
O projeto tem por objetivo estabelecer um espaço de reflexão em que as mulheres possam, de maneira coletiva, debater sobre a garantia dos seus direitos, bem como ampliar a discussão sobre a autonomia e a saúde física e mental. A iniciativa também integra as ações do “Agosto Lilás”, mês dedicado à conscientização para o fim da violência contra a mulher.
O subprocurador-geral de justiça para Assuntos Jurídicos, Orfileno Bezerra Neto, presidiu a solenidade e representou o procurador-geral de justiça, Danilo de Castro. Também compuseram o dispositivo de honra, a procuradora de justiça Rita de Cassia Maia Baptista; a titular da 8ª Promotoria de Justiça de Defesa da Mulher de Imperatriz, Gabriele Gadelha; o diretor das Promotorias de Justiça de Imperatriz, Newton Bello Neto; a diretora da Casa da Mulher Maranhense de Imperatriz, Gabriela Barbosa Bonfim; a secretária municipal da Mulher, Fernanda Márcia dos Santos Souza; o presidente da Associação do Ministério Público do Estado do Maranhão (Ampem), Carlos Augusto Soares; e o defensor público Fábio Carvalho.
A promotora de justiça Gabriele Gadelha, idealizadora do Projeto Florescer, convocou os diversos segmentos da sociedade para serem parceiros nesta iniciativa, que pretende apoiar mulheres na luta contra a violência doméstica.
“Hoje nós vivenciamos um momento surpreendente em razão do engajamento da Rede de Enfrentamento à Violência de Gênero não só do município de Imperatriz, mas também de Governador Edison Lobão, Davinópolis e outras cidades da Região Tocantina. Temos esse desejo de fazer acontecer e ver a soma de esforços para que mulheres de fato tenham acesso aos serviços de proteção”, ressaltou Gabriele Gadelha.
O subprocurador-geral de justiça para Assuntos Jurídicos, Orfileno Bezerra Neto, destacou que o Projeto Florescer é de suma importância para a proteção, segurança e acolhimento das mulheres. “Pelo objetivo, finalidade e envolvimento das pessoas, das organizações envolvidas, este projeto vai promover e efetivar medidas que possam beneficiar várias mulheres, tanto para as que estão sob ameaça de violência doméstica, quanto para as que precisam refletir sobre o tema”.
A procuradora de justiça Rita de Cassia Baptista enfatizou que esta iniciativa deve ser replicada em outros lugares, especialmente por ser um projeto de cunho prático. “Este trabalho só floresce em parceria com todos os órgãos públicos e com a sociedade civil organizada. Quando falamos de violência contra a mulher, geralmente as pessoas associam à violência física, mas ela tem várias vertentes, como a psicológica, que talvez seja a que mais maltrate e que não deixa marcas físicas, mas deixa marcas na alma”.
Para o presidente da Ampem, Carlos Augusto Soares, trabalhar de maneira preventiva é uma forma de atuar na causa do problema. “Esta iniciativa confere protagonismo às mulheres dentro de suas próprias vidas. Assim, elas se tornam capazes de identificar eventuais situações de abuso na relação e podem evitar os desfechos de violência, o que para o Ministério Público e para os demais atores do sistema, é muito mais eficaz”.
O PROJETO
Coordenado pela promotora de justiça Gabriele Gadelha, o Projeto Florescer tem como equipe de trabalho os servidores do MPMA Ezequias Mesquita, Patrícia Aguiar Tavares e Camila Souza Castro. Compõem o grupo, ainda, a psicóloga do Centro de Referência Especializado de Atendimento à Mulher, Laryssa Araújo, e a psicóloga da Casa da Mulher Maranhense em Imperatriz, Natallie Rishe de Sousa Matos.
As atividades do Grupo Reflexivo de Mulheres serão iniciadas na próxima quinta-feira, 15, às 14h, na Casa da Mulher Maranhense de Imperatriz com grupos abertos, ou seja, qualquer interessada pode participar. Cada turma terá cinco encontros quinzenais.
“A partir da primeira turma queremos sentir como vamos expandir este projeto de acordo com a procura e a quantidade de pessoas. É um projeto que deve ser pensado para as mulheres e voltado para as necessidades delas”, explicou o técnico ministerial Ezequias Mesquita.
Redação e fotos: Iane Carolina (CCOM-MPMA)