Segundo filho de uma família de sete irmãos, Reinaldo Campos Castro nasceu no povoado de Coivaras, município de Viana, no dia 18 de agosto de 1938.
Enquanto a humanidade registrava um dos momentos mais sangrentos da história com o início da II Guerra Mundial, naquele distante lugarejo da Baixada Maranhense, o menino vivia uma infância feliz e saudável cercado pelo aconchego familiar e por uma natureza ainda quase intocada.
Alfabetizado pela tia, a professora Minolda Ferreira Campos (que também ensinava e dirigia a pequena Escola Municipal de Coivaras), o pequeno Reinaldo mostrou desde cedo sua inclinação para os estudos. Tanto é que seus pais, o comerciante Antonio Cutrim Castro e a esposa, Eponina Campos Castro, decidiram investir no futuro do menino. Assim, aos 12 anos, depois de fazer as três primeiras séries do antigo curso primário, o garoto foi encaminhado para a capital, sob os cuidados de um tio materno, a fim de prosseguir os estudos.
Da Escola Modelo, onde fez a 4ª série, o jovem estudante precisou transferir-se para o extinto “Centro Artístico Maranhense”, que oferecia 5ª série no turno noturno, para poder iniciar, aos quatorze anos de idade, a longa jornada de trabalho que o aguardava pela frente. O 1º emprego foi como mensageiro do The Western Telegraph Company, popularmente conhecido como “Cabo Submarino”, que mantinha sua agência na Praça Pedro II, ao lado do Tribunal de Justiça.
Dessa época, enquanto cursava o ginásio e posteriormente o 2º grau no também extinto Colégio de São Luís, ficaram as lembranças das tardes inteiras em que circulava por toda São Luís a pé, de ônibus ou bonde, para entregar os telegramas aos seus destinatários. Aos 17 anos inscreveu-se na Escola de Telegrafista do Cabo Submarino e, no ano seguinte, foi promovido ao cargo de telegrafista, deixando dessa maneira de percorrer as ruas da cidade para assumir uma função técnica da companhia.
Desse modo, sabendo conciliar o tempo entre o trabalho de telegrafista e a vida de estudante universitário, o filho de Seu Antonio e Dona Eponina pôde graduar-se pela antiga Faculdade de Direito, em 1967, aos 29 anos de idade.
Em julho de 1969 foi aprovado no concurso para o Ministério Público, mas o emprego do Cabo Submarino somente seria abandonado três messes depois, quando saiu sua nomeação como Promotor de Justiça. Por esse tempo já havia trazido os pais e os seis irmãos para residirem em São Luís. Também nesse período já se iniciara na carreira do magistério, lecionando as disciplinas Economia Política, Direito Usual e Legislação Aplicada na Escola Técnica do Comércio do Maranhão.
A 1ª comarca assumida foi a de Barreirinhas, onde permaneceu por quatro anos. Posteriormente, foi designado para ficar à disposição da Procuradoria Geral de Justiça, em São Luís, comarca onde atuou em promotorias cíveis e criminais. Em outubro de 1979 foi promovido por antiguidade para a Comarca de Chapadinha (2ª entrância). Um ano após, por permuta, transferiu-se para Itapecuru-Mirim. Em 1981 foi novamente promovido por antiguidade para a Comarca de Bacabal (3ª entrância).
Quando ainda era o titular da Comarca de Barreirinhas, em 15 de julho de 1972, o promotor de Justiça casou-se com Maria de Jesus Soares Castro, nascendo dessa união os filhos Reinaldo Campos Castro Júnior (1975) e Rogério Soares Castro (1979). Casados com Anna Victorya Pinho Aragão Castro e Janaína Silva Pires Castro, os filhos de Reinaldo aumentaram a família, especialmente com o nascimento das netas Anna Kataryna Pinho Aragão Soares Castro e Giovanna Silva Pires Soares Castro
Em janeiro de 1984, por merecimento, Reinaldo Campos Castro foi promovido para o cargo de 19º promotor de Justiça da Comarca de São Luís (4ª entrância) e dois anos depois, em 1986, também por merecimento, foi promovido para o cargo de Procurador de Justiça.
Extrapolando as lides jurídicas, mas sem fugir inteiramente da área do Direito, Reinaldo Campos Castro lecionou por alguns anos a disciplina de Sociologia, como professor assistente da UFMA.
Prestes a completar 70 anos, o atual subprocurador-geral para assuntos administrativos deixa o cargo e o Ministério Público para aposentar-se, deixando um dignificante exemplo de vida e de trabalho para as novas gerações de promotores e procuradores de Justiça do Maranhão.

