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MPMA sedia Seminário Internacional sobre combate à tortura

Publicado em 15/03/2012 10:50 - Última atualização em 03/02/2022 17:03

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Foram registrados no Maranhão, no ano passado, 16 casos de tortura. Os dados foram divulgados no Seminário Internacional sobre combate à tortura, que foi aberto terça-feira,13, na sede da Procuradoria Geral de Justiça e prossegue até esta sexta-feira,16, na sede da Ordem dos Advogados do Brasil (OAB). O objetivo é discutir o papel do Estado na prevenção e combate a esse tipo de crime ainda praticado no país.“A tortura é abominável. Não entendo como um ser humano tortura outro. É um desajuste”, afirmou o procurador de seminario1Justiça e coordenador do Centro Operacional de Direitos Humanos e Cidadania (CAOP/DHC) do Ministério Público do Maranhão, José Argôlo Ferrão Coêlho, durante o evento.

Em sua apresentação, José Argôlo informou que CAOP de Direitos Humanos e Cidadania presta assistência ao cidadão que sofre alguma forma de tortura. “Ouvimos o depoimento da pessoa, enviamos ofício à Policia Civil solicitando providência, comunicamos aos promotores da área especializada e acompanhamos o caso na Justiça”, informou. A procuradora de Justiça e coordenadora do Centro Operacional do Controle Externo de Atividade Policial (CAOP-Ceap), Ligia Maria da Silva Cavalcanti, também participou do evento.

No seminário, representantes do Poder Público e de entidades participam de atividades em grupo sobre a metodologia usada para as visitas em locais de privação de liberdade, entre outras abordagens.A diretora do Escritório para América Latina da Associação para a Prevenção da Tortura (APT), Sylvia Dias; a médica, psicanalista, perita do Grupo Multidisciplinar de Peritos Independentes para a Prevenção da Tortura e da Violência Institucional, Tania Kolker; e, o assessor jurídico da Pastoral Carcerária Nacional, José de Jesus Filho, proferiram palestras sobre o tema.

O secretário-adjunto de Estado de Direitos Humanos,Marcelo Amorim, apontou como avanço, o fato de o Maranhão ter sido um dos 13 estados que aderiram, em 2010, ao Protocolo Facultativo contra a Tortura, outros Tratamentos e Penas Cruéis, Desumanas ou Degradantes que é gerido pela Organização das Nações Unidas (ONU). Ainda assim, no ano passado foram registrados 16 casos de tortura no Maranhão, segundo dados da Ouvidoria da Secretaria de Estado da Segurança Pública (SSP).

Pelo levantamento da Pastoral Carcerária Nacional, ligada à Confederação Nacional dos Bispos do Brasil (CNBB), de 1997 a 2009, foram denunciados 211 casos de tortura no país sendo os estados os com maior número de registros: São Paulo, com 71 casos; Maranhão, com 30; Goiás, com 25 e Rio Grande do Norte, com 12 registros.

Com o tema “O Papel do Estado na Prevenção e Combate à Tortura”, o Seminário Internacional sobre combate à tortura foi organizado pela Secretaria de Estado dos Direitos Humanos e Cidadania, Associación para La Prevención de La Tortura, Secretaria dos Direitos Humanos da Presidência da República, Sociedade Maranhense dos Direitos Humanos e Comitê Estadual de Combate à Tortura, com apoio do Ministério Público do Maranhão. As discussões realizadas durante o Seminário embasarão a revisão do Plano Estadual de Combate à Tortura, que vem sendo feito pelo Comitê de Combate à Tortura e pela Secretaria de Estado dos Direitos Humanos e Cidadania.

PROGRAMAÇÃO:

Quinta-feira (15/03)

8h30/10h: Entrevistas. Exercícios. Feedback em plenário. Exercício em grupos. Simulação. 
Moderador: José de Jesus Filho

10h/12h30: Preparando a visita. Apresentação de objetivos e metodologia. Exercício em grupos. 
Moderadora: Sylvia Dias

12h30 – 13h30: Almoço

13h30–17h: Visita aos locais de privação de liberdade.

Sexta-feira(16/03)

8h30/10h: Avaliação da metodologia da metodologia utilizada. Exercício em grupos. Discussão em plenário. 
Moderadora: Sylvia Dias

10h15/10h45: Acompanhamento da visita. Como redigir recomendações. 
Moderador: José de Jesus Filho

10h45/12h15: Exercício em grupos. Redação de recomendações. Observações realizadas durante a visita

12h15/14h45: Almoço

14h45/16h: Feedback em plenário. Apresentação e discussão das observações e recomendações. 
Moderador: José de Jesus Filho

16h00/17h: Desafios para a prevenção e combate à tortura no Brasil. Conclusões da oficina. Próximos passos. 
Moderadoras: Tania Kolker e Sylvia Dias

17h/17h15: Encerramento

 

Redação: Vânia Rodrigues (CCOM-MPMA)