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Nove internos continuam na Unidade da Maiobinha

Publicado em 18/04/2013 09:19 - Última atualização em 04/02/2022 20:00

Logomarca MPMAApesar de ter sido interditada pela Justiça em julho de 2012, o Centro de Juventude Esperança, conhecido como Unidade da Maiobinha, da Fundação da Criança e do Adolescente (Funac), continua a abrigar nove internos que cumprem medida socioeducativa de internação definitiva. A irregularidade foi constatada pelo Ministério Público do Maranhão (MPMA) em inspeção realizada, na manhã desta quarta-feira, 17, pelo promotor de justiça Carlos Henrique Brasil Teles de Menezes, da Comarca de São José de Ribamar.

O promotor de justiça afirmou que houve uma redução no número de internos na Maiobinha em relação à vistoria anterior, realizada em fevereiro deste ano, quando foi constatado que permaneciam 17 adolescentes no local. No entanto, o estado continua a desobedecer a Justiça.

Carlos Teles de Menezes informou também que atualmente o Estado do Maranhão não possui unidade adequada para abrigar adolescentes que cumprem medida socioeducativa de internação definitiva. Diante deste impasse, o MPMA já pediu à Justiça a conversão da medida de cada um dos nove adolescentes, que permanecem na Maiobinha, para os  regimes de medida de semi-liberdade ou de liberdade assistida. A Justiça tem determinado gradualmente a conversão das medidas.

“Esta situação vivenciada na Maiobinha é ilegal, abusiva e absurda. Não podemos deixar estes internos expostos à situação degradante”, declarou o promotor de justiça.

LIMINAR

Por não atender às normas do Sistema Nacional de Acompanhamento de Medidas Socioeducativas (Sinase) e se encontrar em condições precárias, oferecendo riscos aos internos e servidores, o Ministério Público do Maranhão solicitou a interdição da unidade, pedido que foi acolhido pela Justiça. Pela decisão liminar, todos os adolescentes abrigados no local deveriam ser transferidos para outra unidade e o centro não poderia receber mais novos internos.

Se o Estado continuar descumprindo a determinação judicial, o Ministério Público deverá pedir uma intervenção federal no Maranhão e ajuizará ação criminal contra os gestores responsáveis.

Carlos Henrique Teles de Menezes afirmou também que o prédio da Maiobinha está bastante comprometido, de acordo com laudos de engenheiros do Conselho Regional de Engenharia e Agronomia do Maranhão (Crea). Além disso, a atual configuração arquitetônica não atende ao modelo previsto no Sinase.

SERVIDORES

Há duas semanas, o MPMA encaminhou representação ao Ministério Público do Trabalho para averiguar as condições de insalubridade a que estão submetidos os servidores da instituição.

Redação: Eduardo Júlio (CCOM – MPMA)