

A vice procuradora-geral de justiça e coordenadora do Espaço Memória do Ministério Público do Distrito Federal e Territórios (MPDFT), Selma Sauerbronn, fez uma visita institucional, nesta sexta-feira, 11, para conhecer o trabalho desenvolvido e a estrutura do Programa Memória do MPMA. Ela também conheceu as instalações do Centro Cultural, Centro Multimídia e Memorial do Ministério Público maranhense, localizados no Centro de São Luís.
O coordenador da chefia da seção de Preservação de Memória Institucional do MPDFT, Marcus Tito, também participou da visita institucional.
Na ocasião, ela participou da abertura oficial da exposição “Ilhados”, no Espaço de Artes Ilzé Cordeiro. A mostra tem uma série de nove fotografias e quatro instalações artísticas e tem o objetivo de discutir a falta de acessibilidade para pessoas com deficiência. A mostra é resultado do trabalho do coletivo “Os Dalí”, integrado por três artistas: Edi Bruzaca, Hugo Alves e Palloma de Castro.
“Nós estamos reorganizando e remodelando nosso Espaço Memória e Espaço Cultural. Nós tivemos informações muito positivas do Ministério Público do Maranhão. A ideia é a gente vir aprender com aqueles que já trilharam um caminho de sucesso nessa área”, afirmou Selma Sauerbronn.
Em relação à exposição, a representante do MPDFT destacou que, ao se pensar em estratégias de inclusão social, a cultura abre as portas do Ministério Público para trazer questões tão sérias quanto a questão da inclusão. “O caminho é esse: o Ministério Público do Estado do Maranhão está de parabéns”, avaliou Sauerbronn.
Na avaliação do procurador de justiça e coordenador do Programa Memória Institucional do MPMA, Teodoro Peres Neto, o Maranhão é referência nacional na área em razão de sua estrutura e de seu acervo. “Estamos disponibilizando, por meio de parcerias, aos demais Ministérios Públicos que queiram implantar e conservar seus patrimônios, informações sobre nosso programa”.
ILHADOS
A exposição conta com recursos de tecnologia assistiva, placas em braile, QR Code com audiodescrição e MP3. Motivaram a mostra depoimentos sobre as dificuldades enfrentadas por pessoas com deficiência em diversos contextos da cidade de São Luís. A finalidade é discutir, refletir e problematizar a questão, especialmente no âmbito cultural.
A arte educadora Palloma de Castro explicou que a exposição parte da inquietação sobre a falta de acessibilidade em São Luís. “Todos os recursos foram montados a partir de uma conversa e consultoria de pessoas com deficiência. Nós tivemos o cuidado de fazer uma exposição que falasse de acessibilidade e tivesse o olhar e as inquietações das pessoas com deficiência”.
INVISIBILIDADE
O curador do Centro Cultural do MPMA, Francisco Colombo, agradeceu a parceria dos artistas, servidores, membros do Ministério Público e instituições parcerias para a organização da mostra. “A parceria é fundamental para a organização do trabalho”.
No mesmo sentido, o coordenador do Centro de Apoio Operacional de Defesa das Pessoas Idosas e Pessoas com Deficiência, Alenilton Santos, destacou a satisfação em receber a exposição. “Desejo sucesso à exposição. É preciso resgatar a sensibilidade de enxergar os outros de várias formas, retirar da invisibilidade esse público”.
Para o coordenador da Secretaria de Planejamento e Gestão, Carlos Henrique Vieira, a exposição é estratégica na medida que levanta o debate sobre a situação das pessoas com deficiência. “Proteção, respeito e garantia são necessidades das pessoas com deficiência. A arte é aliada do nosso trabalho pela luta dos interesses desse público.
A opinião foi compartilhada pela diretora da Escola Superior do MPMA, Karla Adriana Holanda Farias Vieira, ao enfatizar o trabalho dos três artistas por tirarem da invisibilidade o cotidiano de parte da população. “É pulsante a força que a arte tem de escancarar as fragilidades do nosso sistema de justiça, tornando visível a ausência de políticas públicas que alcancem as pessoas com deficiência e tornem possível o exercício de direitos básicos, como o próprio ir e vir”.
PGJ
Em seguida, Selma Sauerbronn foi recebida pelo procurador-geral de justiça, Eduardo Nicolau, na sede da Procuradoria Geral de Justiça, no Calhau. As promotoras de justiça Ana Luiza Almeida Ferro, Karla Adriana Vieira e a subprocuradora-geral de justiça para Assuntos Administrativos, Regina Leite, participaram da recepção à procuradora do MPDFT.
Redação: CCOM-MPMA