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SÃO LUÍS – Lançada cartilha com orientações para Casas de Matriz Africana

Publicado em 15/08/2016 10:37 - Última atualização em 03/02/2022 11:32

Mesa cartilha afro  11.08.16

Dr. GonzagacompareceuDra SandraPai Lindomar de XangôPúblicoCântico de louvação aos orixásFoi lançada na manhã desta quinta-feira, 11, na antiga sede da Procuradoria Geral de Justiça, no Centro de São Luís, a cartilha “Orientações para Legalização de Associações de Apoio às Casas Religiosas de Matriz Africana”. O objetivo é contribuir para a valorização e reconhecimento do legado cultural, preservar sua tradição e combater a discriminação religiosa.Resultado do projeto “Promoção de ações de reconhecimento e valorização das comunidades tradicionais de matriz africana”, executado  pela Fundação Josué Montello, com o apoio do Centro de Apoio Operacional de Direitos Humanos e Cidadania (CAOp/DH) do Ministério Público, a publicação orienta, em linguagem simples e objetiva, a forma de promover a legalização e a institucionalização dos templos religiosos. Em seu discurso, a coordenadora do CAOp/DH, Sandra Alves Elouf, destacou que a intolerância religiosa representa um dos problemas mais sérios da sociedade mundial. A procuradora de justiça exemplificou que, apesar de o Brasil ter uma data – 21 de janeiro – e uma gama de legislações para combater este problema, nosso país enfrenta muitos desafios. “Muitas vezes a norma parece ser inatingível e desalentadora à nossa luta. A cartilha tem sua utilidade também enquanto ferramenta importante para as políticas afirmativas dessas casas religiosas”, avaliou Elouf.

No mesmo sentido, o promotor de justiça Paulo Avelar, que responde pela Promotoria de Associações e Fundações de São Luís, parabenizou os religiosos pela luta em defesa dos seus direitos e colocou-se à disposição para tirar as dúvidas dos que tiverem interesse em registrar suas casas. “A publicação orienta sem qualquer tentativa de sugerir o que deve ser feito, pois essa decisão compete a cada casa de matriz africana”.

O procurador-geral de justiça, Luiz Gonzaga Martins Coelho, enfatizou que, mesmo com os marcos legais em defesa da liberdade de culto, ainda vemos casos de intolerância e desrespeito às casas de matriz africana. “A orientação prestada nesta cartilha é um passo importante”.

Em seguida, o Pai Lindomar de Xangô, representante da Rede de Terreiros da Região Metropolitana de São Luís, chamou a atenção dos presentes sobre a legalização. “Não é apenas uma forma de exercer direitos, mas também assumir novos deveres”. O líder religioso enfatizou que a publicação foi concebida, integralmente, com a participação dos terreiros.

A CARTILHA

A cartilha apresenta informações sobre a legislação que trata de questões étnicas, discriminação racial e intolerância religiosa. Orienta ainda sobre os procedimentos que devem ser adotados por quem sofre algum tipo de agressão, motivada pela religião que professa.

De forma didática, a publicação traz o passo-a-passo do processo para legalizar as associações de apoio às casas religiosas, desde a fundação até o registro oficial, contendo toda a documentação necessária.

AUTORIDADES

Também participaram da mesa de abertura a ouvidora do MPMA, Rita de Cássia Baptista, o subdefensor-geral do Estado, Emanuel Acioly, o secretário de Estado de Igualdade Racial, Gerson Pinheiro, o presidente da Fundação Josué Montello, Nan Sousa, a diretora de relações institucionais da Vale no Maranhão, Vanessa Tavares.

Redação: CCOM-MPMA