Os promotores de justiça Marco Antonio Amorim (diretor da Secretaria para Assuntos Institucionais), Gabriele Gadelha (coordenadora em exercício do Centro de Apoio Operacional do Idoso e da Pessoa com Deficiência) e Érica Ellen Beckman (coordenadora do Centro de Apoio Operacional da Educação) participaram, na tarde desta segunda-feira, 5, do lançamento dos uniformes, com identificação em braile, das escolas da rede estadual.
O evento foi realizado na sede da Secretaria de Estado de Direitos Humanos e Participação Popular (Sedihpop), no Palácio Henrique De La Roque (Calhau).
Além dos representantes do Ministério Público do Maranhão, estiveram presentes professores, gestores e conselheiros da área da Educação e de entidades de defesa das pessoas com deficiência.
Idealizado pela promotora de justiça Gabriele Gadelha, a identificação em braile permitirá a leitura do nome da escola pelos estudantes cegos. A proposta, apresentada durante o Encontro Estadual de Gestão Estratégica do Ministério Público do Maranhão, foi acolhida pela Secretaria de Estado da Educação (Seduc).
O recurso será aplicado na manga dos uniformes. Até o momento, existem 119 alunos cegos matriculados na rede estadual. A escola piloto do programa será o Liceu Maranhense. Um detalhe: o Maranhão é o primeiro estado da Federação a adotar o nome em braile.
“Estamos muito felizes com esta data simbólica. Nós apresentamos a proposta e o secretário de estado da Educação, Felipe Camarão, prontamente atendeu. É um compromisso do Ministério Público do Maranhão estabelecer parcerias para executar ações que favoreçam a população, sobretudo os que mais precisam”, detalhou Marco Antonio Amorim.
Para a promotora de justiça Gabriele Gadelha, o nome da escola é o principal elemento de identidade e de pertencimento do aluno com o estabelecimento escolar. “Este distintivo é uma conquista porque eliminamos uma barreira: a falta de identificação em braile nos uniformes. Agora, o aluno cego poderá identificar o nome da escola a qual pertence”, ressaltou.
A coordenadora do CAOp da Educação, Érica Beckman, também agradeceu o acolhimento da proposta e afirmou que, tanto o MPMA quanto os gestores do Executivo estadual, possuem o mesmo objetivo, que é trabalhar por uma educação de qualidade para todos os maranhenses, o que inclui a acessibilidade. “Todas essas conquistas fazem parte de um processo que vem avançando. O Ministério Público entende a importância das parcerias para a efetivação de políticas que atendam a sociedade”.
O professor Deroci Dias Reis, que é cego, destacou que a iniciativa, além de pioneira, tem uma importância de valor simbólico. “Esta ação demonstra a preocupação com o estudante cego. Confirma que ele está sendo lembrado e cuidado”, disse.
Também estiveram presentes a secretária-adjunta de Ensino da Seduc, Nádia Dutra; a secretária-adjunta de gestão das Unidades Regionais de Educação, Rosyjane Paula Farias; o superintendente de modalidades e diversidades educacionais, Claudinei de Jesus Rodrigues; a presidente do Conselho Estadual da Pessoa com Deficiência, Beatriz de Carvalho e Silva; e a coordenadora do Centro de Apoio Pedagógico ao Deficiente Visual do Maranhão, Rejann Coimbra.
Redação e fotos: Eduardo Júlio (CCOM-MPMA)