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SÃO LUÍS – MPMA recebe representantes de religiões de matriz africana

Publicado em 27/07/2023 15:10 - Última atualização em 27/07/2023 15:13

Lideranças de religiões afro-brasileiras reivindicam aprimoramento do combate ao racismo religioso

Representantes de organizações de religiões afro-brasileiras entregaram nesta quarta-feira, 27, uma representação ao procurador-geral de justiça, Eduardo Nicolau, e à ouvidora Sandra Elouf, solicitando providências para a apuração do dano à estátua de Iemanjá, existente na praia do Olho D’Água, e das manifestações de racismo e intolerância religiosa na internet, referente ao episódio.

Estiveram presentes, na reunião realizada na Procuradoria-Geral de Justiça, lideranças das entidades Rede Nacional de Religiões Afro-Brasileiras e Saúde (Renafro), Fórum Estadual de Mulheres de Axé, Terreiro Nossa Senhora da Vitória, Tenda São Jorge Jardim de Oeira na Nação Fanti-Ashanti, Ilê Axé Akoro D’Ogum, Federação de Umbanda e Culto Afro do Maranhão, Coletivo Dan Eji, Ilê Axé Alagbede Olodumaré e Ilê Sogbosi Inã, Ile Ashe Yemowa.

Reunião foi realizada na Procuradoria-Geral de Justiça

Do MPMA, também recebeu os líderes religiosos o diretor da Secretaria para Assuntos Institucionais (Secinst), José Márcio Maia Alves.

Na ocasião, o chefe do Ministério Público do Maranhão informou que a instituição vai acompanhar a apuração do caso da estátua e as manifestações de racismo. “Não podemos tolerar esse tipo de comportamento. Vamos tomar as devidas providências, dentro de nossas atribuições. Esses crimes não podem ficar impunes”, enfatizou Eduardo Nicolau.

O advogado Jorge Serejo, que assessora entidades de povos e comunidades de terreiro do Maranhão, ressaltou que, além do pedido de apuração do ataque à imagem de Iemanjá e das manifestações de racismo nas redes sociais, os grupos reivindicam a criação de uma unidade do Ministério Público especializada na investigação e combate a crimes raciais, de ódio e intolerância religiosa, além do aprimoramento de equipamentos do Estado, tanto do sistema de segurança quanto para o de justiça, voltados para o combate ao racismo religioso.

Quebra da imagem de Iemanjá e prática de racismo religioso foram alguns dos problemas relatados

Sobre o assunto, o diretor da Secinst, José Márcio, afirmou: “É importante essa interação com a sociedade civil, com os movimentos dos povos de terreiro para entendermos as demandas existentes nesse setor e consequentemente melhorarmos os nossos serviços. Nós vamos estudar a proposta apresentada, de acordo com a nossa capacidade estrutural e de pessoal”.

Uma nova reunião foi marcada para o dia 11 de agosto para tratar da pauta da criação de uma unidade do Ministério Público voltada para crimes raciais e de intolerância religiosa.

Redação: CCOM-MPMA