
Com palestras sobre temas como “Comunicação assertiva e ética no ambiente de trabalho” e “Construindo uma cultura de saúde mental”, foi encerrada nesta sexta-feira, 31, na sede da Procuradoria-Geral de Justiça, a programação do Janeiro Branco no âmbito do Ministério Público do Maranhão. A campanha, iniciada em 2014 no Brasil, busca chamar a atenção da humanidade para as questões e necessidades relacionadas à saúde mental e emocional das pessoas e das instituições humanas.
Durante todo o mês de janeiro, o MPMA, por meio da Seção de Saúde Funcional, promoveu atividades voltadas à conscientização sobre a saúde mental no ambiente de trabalho, promoção do bem-estar e desenvolvimento pessoal. As ações foram desenvolvidas de forma integrada na Procuradoria-Geral de Justiça, Promotorias de Justiça da Capital, Corregedoria-Geral do MPMA e Escola Superior do Ministério Público.

Na abertura da programação de encerramento, a subprocuradora-geral de justiça para Assuntos Administrativos, Regina Leite, destacou a importância do tema e sugeriu que as iniciativas para a promoção da saúde mental sejam permanentes e não fiquem concentradas apenas no mês de janeiro.
O promotor de justiça Cassius Chai, que é diretor das Promotorias de Justiça da Capital, tratou da comunicação assertiva e do combate ao assédio moral no Ministério Público. Como exemplos de comunicação assertiva citou a importância de pedir ajuda quando necessário, expressar discordância de forma construtiva, negociar soluções para problemas.

Chai conceituou assédio moral como atos repetitivos e deliberados, com o objetivo de desmoralizar ou constranger, que podem criar um ambiente hostil, levando a danos psicológicos.
“A comunicação assertiva fortalece o diálogo, previne os conflitos e melhora a comunicação interna”, afirmou. “Podemos falar de tudo, mas não podemos falar de qualquer maneira”, completou.

Em seguida, o promotor de justiça Marco Aurélio Barros abordou a importância da comunicação assertiva e das atitudes éticas no ambiente de trabalho. Enfatizou as normas e resoluções no âmbito do Ministério Público brasileiro e do MPMA, especificamente, que tratam da questão.
O palestrante acentuou que a ética se reveste de um caráter coletivo e deve ser efetivada em todos os momentos da vida, para a concretização de uma convivência social mais saudável. “No ambiente de trabalho, é primordial exercitar a nossa ética, introjetar o comportamento ético em nossas vidas, pensando nos outros e fazendo tudo por eles. Nós seremos os primeiros a colher os frutos dessas atitudes”, observou.
CULTURA DE SAÚDE MENTAL

Em sua palestra, a promotora de justiça Cristiane Lago explicou que promover a cultura de saúde mental significa criar um ambiente que priorize o bem-estar emocional. “Envolve acolher, ouvir e oferecer apoio, além de incentivar práticas que valorizem o equilíbrio, o autocuidado e a empatia”, exemplificou.
Ao fazer referência à Resolução 265, do Conselho Nacional do Ministério Público, que instituiu a Política Nacional de Atenção à Saúde Mental dos integrantes do Ministério Público, ela destacou alguns pontos essenciais, entre os quais: capacitar pessoas para identificar sinais de transtornos mentais; promover atividades culturais, como música, teatro e artesanato; incentivar prática de atividades físicas; cuidar da alimentação; ter momentos de lazer.
CULTURA ORGANIZACIONAL

A exposição da educadora parental e terapeuta ocupacional Kamyla Arrais encerrou a palestra “Construindo uma cultura de saúde mental”, aberta pela promotora de justiça Cristiane Lago.
Kamyla Arrais também destacou a importância da Resolução 265/2023, do CNMP. “A Resolução foi criada muito provavelmente porque a instituição tem lidado com pessoas adoecidas ou em sofrimento mental. A sociedade em geral se preocupa mais com a saúde mental na atualidade. É um tema recorrente. Sobretudo, depois da pandemia”.
Para a palestrante, a Resolução também indica o aprimoramento da cultura organizacional da instituição. “O que eu achei fantástico na Resolução foi um termo muito simples: o documento aponta a evolução da cultura. Eu achei ótimo, porque a cultura organizacional tem que ser pensada nesse sentido da evolução. Portanto, traz esse salto para que os servidores e as lideranças possam efetivamente instituir, dentro de seus setores, aquilo que está preconizado no documento”, concluiu.
Redação: CCOM-MPMA